Considerando a repercussão de notícias sobre os jogos on-line, a equipe do Programa Santa Clara + Feliz elaborou algumas informações importantes sobre o uso de eletrônicos e os reflexos que podem ocasionar nas crianças.
COMO O USO EXCESSIVO DE TELAS IMPACTA O CÉREBRO DAS NOSSAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES?
É importante lembrar que nosso cérebro está sempre em desenvolvimento, o que chamamos de neuroplasticidade cerebral. Pesquisas científicas mostram que ele não se desenvolve apenas até o fim da infância, mas sim pela vida inteira.
Estudos constatam que o uso de dispositivos eletrônicos diminui a capacidade de comunicação, de resolução de problemas e de sociabilidade para crianças até 5 anos. Já para os adolescentes, o contato excessivo de telas influencia na concentração e atenção, na tomada de decisões, no controle de impulsos e também na capacidade de fazer julgamentos.
Sendo assim, precisamos ter muita atenção e cuidado às influências que as crianças e adolescentes estão sendo expostas, pois quando experimentamos uma fonte de prazer e sensações boas, vamos buscar vivenciar de novo, numa frequência cada vez maior. Especialistas comentam que é possível criar uma dependência de dispositivos eletrônicos, ocasionando prejuízos na saúde mental e emocional das pessoas, especialmente crianças e adolescentes.
MAS O QUE PODEMOS FAZER, E QUE ESTÁ AO NOSSO ALCANCE, PARA EVITAR ESSES PREJUÍZOS NA VIDA DAS NOSSAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES?
O primeiro passo é estabelecer limites. É preciso fazer combinados com as crianças e adolescentes sobre o tempo de uso de eletrônicos. A recomendação de tempo varia de acordo com cada faixa etária. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda:
- crianças de até 2 anos não tenham nenhum acesso às telas.
- crianças de 3 a 6 anos é possível ofertar dispositivos eletrônicos de 30 minutos a 1 hora, mas sempre com supervisão de algum adulto.
- crianças entre 6 e 10 anos é possível ampliar para duas horas por dia.
O mais importante é sempre ter um responsável supervisionando o que as crianças e adolescentes estão acessando e vendo na internet.
COMO IDENTIFICAR SITUAÇÕES EM QUE O USO DE TELAS JÁ PREJUDICOU A SAÚDE DOS NOSSOS FILHOS?
É preciso observar se a criança ou adolescente apresenta algum declínio no âmbito social, educacional ou familiar. Queda do rendimento escolar, substituição do dia pela noite, falta de interesse em brincadeiras ao ar livre, isolamento, falta de concentração e irritabilidade são alguns exemplos de que o uso das telas já prejudicou a vida deles.
LEMBRANDO: nós devemos ser o exemplo para nossas crianças e adolescentes, pois eles são o reflexo das nossas atitudes e comportamentos.
Quando os filhos estão carentes de atenção, as telas muitas vezes são uma forma “mais prática” que se encontra de entreter as crianças e adolescentes, sem que eles interfiram na vida do adulto. Porém, essa conta chega mais tarde, quando os filhos apresentarão prejuízos sérios na vida e a família terá que se envolver no tratamento.
Invista nos seus filhos e tenha momentos de qualidade com eles. Brinque com eles, converse, conte histórias e aproveite muito essa fase da vida, porque eles crescem muito rápido e depois já não se consegue recuperar esse tempo.
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